O prefeito do Rio de Janeiro, Cesar Maia, publicou em seu ex-blog um manual de como ganhar as eleições 31 dicas para as pessoas que querem ficar ricas se candidatar à alguma coisa este ano.
Sim, tudo bem que você não quer seguir carreira política, mas vamos dar umas risadinhas? Afinal, tá chegando o final de semana e você tá sem um real rasgado no bolso furado, já que seu singelo salário foi todo para os esdrúxulos (palavra bonita essa) impostos, impostos por eles.
Para agilizar o procedimento, coloquei em negrito e comentei as mais hilárias e curiosas.
1. O fracasso é certo quando se tenta agradar todo mundo. Escolha o seu lado, o seu discurso.
2. O seu adversário de votos é quem pensa como você ou se dirige ao mesmo perfil de eleitor.
3. O seu antagônico é atacado só para lhe dar nitidez.
4. Primeiro o eleitor decide em quem não se deve votar. Ajude.
5. Eleição é como lavoura. Os meios de comunicação irrigam. Mas só o contato direto semeia.
6. Candidato que se explica, perde. (É melhor não saber de nada)
7. Tenha sempre a iniciativa. Jogue com as “brancas”. (Esse será contra a “inclusão” afro-descendente)
8. Discuta só o tema que você propôs. O tema proposto pelo adversário deve ser simples ponte para você chegar ao seu. (Não responda perguntas, fuja delas)
9. Defina o “inimigo”. Depois dê nitidez a êle. Só você pode desmonta-lo.
10. Candidato tem que se comprometer. (Pelo menos enquanto for apenas candidato, né?)
11. Em debates perguntar é sempre mais arriscado que responder. Na resposta você fala por último. A pergunta tem que imobilizar o adversário e impedi-lo de mudar de tema.
12. O tema honestidade é visto pelo eleitor de outra forma. O tema certo é CONFIANÇA.
13. Primeiro se re-conquista o seu eleitor. Depois o indeciso.
14. A comunicação de campanha tem que mostrar que os valores do candidato são os mesmos do eleitor. Valores e crenças básicas são a base da campanha. (Faça propaganda enganosa? “Tem que mostrar” . E se o candidato não tiver tais valores?)
15. O desafio das campanhas é fazer com que se sonhe. (A esperança é a última que morre)
16. A linguagem do marketing político é a do marketing de valores, e não do marketing comercial.
17. Candidato tem que ter CRENÇA.
18. O eleitor vota racionalmente, embora com pouca informação. Ou seja: relaciona causa e efeito.
19. O centro é o alvo, não é o ponto de partida. Ou seja, se parte desde posições nítidas para se atingir espaços políticos de centro.
20. O voto mistura crenças e conjuntura. Esquecer quaisquer das duas é perder a eleição.
21. Cuidado com os fotógrafos em campanha. (Por que? Você tem algo a esconder?)
22. Não necessariamente divulgue a agenda. Só a que interessa.
23. As pesquisas mexem com o animus de campanha. E com o financiamento.
24. Não ataque diretamente. Use –ouvi falar- -dizem- -soube- ou na TV locutor ou testemunhais. (Nunca se comprometa, jogue a culpa e a bomba nos/para os outros)
25. Os ataques devem ser desconcertantes, surpreendentes. As agressões –gritos e palavras chulas- ofendem o eleitor.
26. Ataque mantendo a serenidade, a tranqüilidade.
27. Quase sempre ganha o candidato mais determinado.
28. Currículo não ganha eleição. O que ganha eleição é capacidade de desenvolver a campanha. É a campanha.
29. O eleitor decide em termos de Fla x Flu. Polarize a eleição. Deixe claro contra quem você é candidato.
30. O eleitor vota pragmaticamente. Ele já sabe como usar as pesquisas. O voto útil é fundamental e já ocorre no primeiro turno.
31. Não ataque todas as candidaturas no primeiro turno. Você precisará de uma delas –pelo menos- no segundo turno.
Lá do Descência do Indescente
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