e isso é nada: o número de horas na rede, entre a garotada [de novo, gente de 2 a 11 anos de idade] cresceu 63% nos últimos cinco anos, de sete horas online em maio/04 para mais de onze horas em maio/09. no mesmo período, o aumento do número de horas online da população online, como um todo, foi de 36%. não há nenhuma razão pra ser diferente no Brasil, especialmente quando um número cada vez maior de residências começa a ter computadores e internet a preço fixo [conexão do tipo nearly always on, e não banda larga, como costuma ser o caso por aqui].
e isso quer dizer o que? primeiro, que as crianças estão usando a rede como parte essencial de suas redes, como extensão da escola, conexão com familiares distantes, diversão e por aí vai. segundo, quem nasce em rede vive em rede; é como aprender a ler: tirante raros e graves casos, nunca vi ninguém desaprender. no futuro, todo mundo –mesmo- estará em rede.
mas isso também quer dizer que muitas pessoas “do séc. XIX”, que conseguiram passar quase incólumes pelo séc. XX, vão achar que crianças na rede, no séc. XXI, esse tempo todo [menos de uma hora por dia…] é um absurdo. capaz desse pensamento ter alguma correlação com quem achava que mulheres não deveriam votar, que voto, de resto, era só pra quem tinha posses e, de resto, pra que ler e escrever, que era coisa de literatos e desocupados?…
o futuro das crianças –e dos adultos- é estar online 24h por dia. simples assim. o mundo muda, e rápido. no séc. XXI, se você existe, existe em rede e na rede, em tempo real e o tempo todo. se você já está aqui, lendo este texto, e sabe de alguém que não está, torne-se um missionário: traga esta alma perdida para o convívio da rede. antes que seja tarde. demais.
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